Crise urbana mobiliza prefeitos

Os prefeitos das maiores cidades de Santa Catarina se reuniram nesta terça-feira em Brasília para discutir políticas públicas voltadas ao enfrentamento do aumento da população em situação de rua no Estado. Estiveram presentes o prefeito de Florianópolis e presidente da Fecam, Topázio Neto; a prefeita de Lages, Carmen Zanotto; o prefeito de Tubarão, Estêner Soratto; o prefeito de Criciúma, Vaguinho Espíndola; e o prefeito de Joinville, Adriano Silva. Também participou a secretária de Estado da Articulação Nacional, Vânia Franco, além de outros gestores municipais. Durante o encontro, ficou encaminhado que os prefeitos buscarão alinhamento com o governador Jorginho Mello para dar início a um censo estadual sobre essa população. O objetivo é mapear o número de pessoas em situação de rua, identificar os municípios mais impactados e definir estratégias conjuntas de atuação. A sala da reunião ficou lotada, com parte dos prefeitos sem conseguir entrar, demonstrando a urgência e o interesse pelo tema. Todos participam da Marcha dos Prefeitos e a organização da reunião dos prefeitos partiu da Fecam.

Ainda sobre a marcha

Durante a marcha dos prefeitos em Brasília, o prefeito Topazio tem sido bastante prestigiado. Não apenas líderes municipais de Santa Catarina, mas também de outros estados, têm buscado o gestor da capital catarinense para conversar sobre diversos temas que envolvem os municípios. Topazio para, ouve atentamente e faz os encaminhamentos necessários, fortalecendo o diálogo e as parcerias entre as cidades. A postura do prefeito tem sido fundamental para a troca de experiências e a busca de soluções conjuntas para os desafios municipais.

O gigante MDB/Republicanos em SC

As conversas para a formação de uma federação entre MDB e Republicanos estão em ritmo acelerado. Em Santa Catarina, integrantes dos dois partidos já dão como certo o acerto, que pode criar uma força política robusta para 2026. A negociação deve se intensificar nos próximos dias, com o retorno do presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, que deve se reunir com Baleia Rossi, presidente do MDB. O Republicanos é tocado por aliados do governador Jorginho Mello (PL), enquanto o MDB é cotado para ocupar a vaga de vice na chapa estadual em 2026. A possível candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) também pressiona por um palanque forte em Santa Catarina. Ao que tudo indica, o projeto de reeleição de Jorginho terá uma força política importante com esse movimento.

Ceretta agita dos bastidores com Jorginho

O governador Jorginho Mello recebeu nesta terça-feira (20) a presidente da Acafe e reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, acompanhada dos reitores das universidades que integram o Sistema Acafe. Esta foi a primeira reunião do grupo com o governador desde a indicação de Ceretta para assumir a Secretaria de Estado da Educação. O encontro marcou o início da nova gestão e reforçou o apoio institucional das universidades comunitárias à proposta de fortalecimento da educação pública em Santa Catarina. Os bastidores ficaram agitados com o encontro, já que a reitora já foi cotada para as urnas várias vezes.

Manobra na CCJ

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a mudança no hino de Santa Catarina voltou a travar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. Desta vez, o pedido de vista foi feito pelo deputado Maurício Peixer (PL), líder do governo Jorginho Mello na Casa. À Jovem Pan News, Peixer afirmou que a decisão foi pessoal, mas há, nos bastidores, interesse do governo em construir um novo hino que desperte maior identificação e orgulho na população. A matéria, de autoria do deputado Ivan Naatz (PL), enfrenta resistência: o relator já se manifestou contra, assim como o deputado Mauro de Nadal (MDB), que devolveu o texto após um mês com parecer contrário. Diante do cenário desfavorável, o pedido de vista de Peixer é visto como uma tentativa de ganhar tempo para rearticular apoios. Ele defende uma consulta pública para ouvir a opinião dos catarinenses. Por ora, a proposta segue viva, mas na UTI.

Remédio pro bolso na saúde

O governo de Santa Catarina enviou à Alesc o projeto que garante reajuste de 9% para todos os servidores da Saúde. A proposta também melhora a gratificação por desempenho: vai de 70% para 80% agora em maio, e sobe para 90% em dezembro. Para os médicos, além do reajuste geral, haverá mudanças no bônus por produtividade a partir de 2025. O projeto foi construído com apoio dos servidores e é o primeiro ato oficial de Jorginho Mello após viagem aos EUA. O aumento será pago em duas partes: uma agora, outra em dezembro. Se a votação atrasar, o valor será pago retroativamente. O governador também prometeu concurso público para a Saúde em 2025 — o primeiro em 13 anos.

TCE reconhece investimentos de SC

Santa Catarina apresentou um avanço significativo na área de prevenção de desastres naturais. No primeiro quadrimestre de 2025, a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil executou 33,24% do orçamento previsto para monitoramento e alerta, superando todo o valor aplicado nessa área durante o ano de 2024. Os dados constam em relatório do Tribunal de Contas do Estado, que acompanha a execução do Programa Gestão de Riscos. O investimento é considerado essencial para minimizar os impactos de eventos climáticos extremos e proteger a população. O acompanhamento das ações continuará ao longo do ano.

Discussão sobre a tainha no congresso

Deputada Federal Daniela Reinehr (PL) apresentou projeto para suspender limite à pesca da tainha em SC. Ela critica falta de diálogo e base científica da portaria que limita a 1.100 toneladas a pesca por arrasto de praia. Projeto será votado nesta quarta na Comissão de Agricultura, com parecer favorável. O Governo do Estado aguarda decisão da Justiça Federal sobre a suspensão das cotas.

Construções com novas regras nas rodovias

Uma nova lei aprovada em Santa Catarina muda as regras para construções perto de rodovias estaduais e federais que são geridas pelo Estado. Agora, imóveis erguidos até 2019 que ficam muito perto dessas estradas, principalmente em áreas urbanas, deixam de ser considerados irregulares. A regra antiga exigia um recuo mínimo, mas isso foi flexibilizado. A novidade também dá mais poder às prefeituras, que poderão pedir mudanças nessa faixa de recuo em regiões urbanas mais adensadas, desde que apresentem um projeto técnico mostrando que isso é viável. A lei tenta resolver problemas antigos de imóveis que estavam “fora da regra” por estarem muito perto da pista, mas que já fazem parte da realidade das cidades.

Uma boa quarta-feira para todos nós!