O Governo Federal estuda anunciar em breve a responsabilidade pela construção do túnel no Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC), pela concessionária CCR Via Costeira, que administra o trecho Sul da BR-101. A proposta, apoiada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), visa incluir a obra na revisão do contrato da CCR, aproveitando o prazo de concessão mais longo e o valor de pedágio inferior ao da Arteris Litoral Sul, atual responsável pelo trecho. A estimativa é que o túnel custe cerca de R$ 1 bilhão. A iniciativa busca solucionar um dos principais gargalos da rodovia, marcado por riscos de acidentes e deslizamentos. A alternativa de contornar o morro pode ser descartada por questões ambientais e técnicas. Uma reunião decisiva está marcada para a quarta-feira, depois da Páscoa, quando o governo deve anunciar oficialmente a proposta. Há expectativa de que o presidente Lula visite Santa Catarina para oficializar o início do trabalho.
O saudoso comentarista esportivo Miguel Livramento diria que 'uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa'. O túnel está no foco recente das discussões pelo gravíssimo acidente que ocorreu com um caminhão de combustíveis e o incêndio de quase 30 veículos. Por mais que tenhamos um bastidor que indique a possibilidade da CCR construir o túnel, restam questionamentos sobre as demais obras que o trecho Norte requer com urgência para desafogar a BR-101. Isso inclui ampliações de vias marginais, terceiras faixas, ampliações de pontes (como a do Rio Itajaí-Açu), obras de arte e etc. Ou seja, tudo isso deverá impactar a tarifa da Arteris.
O presidente da Alesc, Júlio Garcia (PSD), foi rápido no gatilho. Colocou em votação e aprovou o projeto que autoriza o reajuste salarial de 21,5% para mais de 35 mil servidores da Segurança Pública de SC. “Foi The Flash e resolveu a fatura”, me resumiu uma liderança. O projeto, enviado pelo governador Jorginho Mello, prevê reajuste em três parcelas — a primeira já será paga em maio. É o maior aumento real já concedido às forças de segurança do estado, com impacto total de R$ 1,4 bilhão por ano. Agora, o texto segue para sanção do governador.
Teve quem comentasse que se a gestão da Alesc fosse outra, a votação teria se alongado com amplos espaços de falas dos deputados para segurar todo mundo nas galerias até às 18h.
A justificativa do deputado Sargento Lima (PL) para incluir a emenda inconstitucional numa tentativa de antecipar os pagamentos do reajuste à segurança foi 'o mérito no mérito'. O parlamentar alegou que foi procurado por integrantes das forças para garantir que isso ocorresse e existia uma reinvindicação justa. Então decidiu apresentar na comissão de mérito o pedido. O pedido das forças tem mérito, mas só teria constitucionalidade se o Estado enviasse a alteração. Os caminhos foram errados, mas o deputado entendeu por bem retirar a emenda para não inviabilizar o primeiro pagamento.
O presidente da Câmara de Vereadores de São José, Matson Cé (PSD), realizou um debate que precisa ser estadual nas cidades cortadas pela BR-101. Como melhorar o trânsito nos entornos da BR-101? A discussão é ampla, pois envolve obras necessárias que precisam passar pela repactuação, com tendência de anúncio na próxima semana. Ele comentou, em entrevista ao Jogo do Poder na Jovem Pan News Florianópolis, que o Contorno Viário tem subaproveitamento e que todos os municípios que tem problemas precisam se movimentar conjuntamente. A pauta levantada por Matson precisa ser estadual, já que até a divisa do Estado, todas as cidades tem demandas parecidas.
Uma liderança me contou que integrantes de um grupo de trabalho para tratar do novo espaço de lazer que será criado onde hoje está a Penitenciária da Agronômica, em Florianópolis, estão aliviados com a redução da carga de trabalho. "Comentam que o governador já decidiu tudo e teve as ideias. Não precisam dar mais ideias. Agora só executar quando derrubarem tudo lá", disse uma fonte em tom de risadas.
A preocupação do vereador de Florianópolis, Bericó (PL), com a saúde pública na Praça dos Manacás, no bairro Rio Vermelho, é legítima. A presença de cães sem controle sanitário e a consequente proliferação de parasitas exige, sim, atenção do poder público. No entanto, a forma como o vereador expôs o problema — pedindo diretamente a retirada dos animais — causou a repercussão negativa. Diante das críticas, Bericó pediu desculpas em vídeo aos protetores e à vereadora Priscilla Fernandes (PSD), mas manteve o foco na questão sanitária. Ao fim do dia, mostrou disposição ao diálogo ao concordar com a criação de um “cãodomínio”, alternativa proposta pela comunidade. A pauta é válida, mas a construção do discurso fez toda a diferença.
Ontem conversei com o prefeito de Rancho Queimado, Tiago Schütz (PL). Ele está animado com os projetos para incentivar o turismo no município de 3.279 habitantes. Comentou que haverá uma grande pista para esquiar, condomínios e empreendimentos hoteleiros. Um dos condomínios já a venda tem casas com espaço de chácaras com plantações de uvas onde o morador pode produzir o próprio vinho.